quarta-feira, setembro 03, 2008

Provincianismo digital acaba com o sonho Madonna

Antonio Prada

Em qualquer lugar do mundo é o mesmo. Bastou a confirmação dos shows da nova turnê de Madonna (Sticky and Sweet) e começou a corrida pelos ingressos. Na maioria dos países não há filas reais. A venda é exclusivamente via Internet, nada mais justo e apropriado em tempos digitais. No Brasil, país com maior tempo médio de navegação na web (24 horas e 54 minutos por pessoa) e que não vê ao vivo a cantora desde 1993, a história sempre é diferente.

Há postos de vendas físicos, para fazer com que obcecados fãs durmam noites e dias, virem fatos e fotos e ajudem a bater, de graça, o bumbo na mídia. Um truque viral de marketing que remonta a décadas nos melhores negócios do ramo.

No Brasil também nunca os melhores serviços de vendas on-line são utilizados em eventos de alta demanda, como o do U2 (lembram-se?). É sempre uma empresa de pequeno ou médio porte, geralmente alinhada aos interesses comerciais dos produtores (aliás, é um rentável negócio).

E aqui, frise-se, não se trata do tamanho da empresa, mas da capacidade de entregar com qualidade o que a demanda exige. Pedem cadastro antecipado, mas fazem questão de frisar que ele não garante o direito a nenhum ingresso. E não garante mesmo nada. Mas aqui vale outro truque do mercado: tudo pelo mailing. Do ponto de vista de quem o detém, significa mais dinheiro. Do ponto de vista de quem foi obrigado a se cadastrar, sonhando com Madonna, significa spams futuros.

O consumidor que se cadastrou com antecedência no site do serviço Ticketsforfun e passou os últimos três dias na frente do computador, repetindo passos, clicando, dando refresh, para tentar comprar um dos ingressos mais caros da turnê da cantora vai encerrar o calvário frustrado. Vai gritar e ouvir desculpas esfarrapadas, como sempre. Algumas delas, técnicas, e incompreensíveis. Pobre consumidor, destratado mais uma vez.

Para ver Madonna então, ou em Nova York (sim, se compra ingresso fácil ainda no paralelo e pela Internet, sem pagar muito), ou recorrer ao velho e irresistível cambista brasileiro. E já há vários, inclusive, oferecendo ingressos pela web. Já? sticky and sweet boy.

Fonte: Terra Música

Passei a noite em claro e até agora NADA! Não tenho como ficar na fila pois apesar de idolatrar a Madonna tenho mais o que fazer, até para conseguir pagar o ingresso caro depois. Fora que os cambistas invadiram geral, furaram as filas e ameaçaram os fãs. Morra, Tickets4Fun! Tomara que nenhuma outra turnê de grande porte passe por essa joça!

2 comentários:

  1. Os problemas ocorrem até em shows menores. Este lixo de empresa que é a Ticketmaster inventou a 4fun só para tirar uma com a nossa cara. Cobram uma fortuna de taxa de conveniência e prestam uma merda de serviço.

    Enquanto continuar esta máfia, nunca mais vou tentar comprar ingresso para show no Brasil.

    Tantos anos esperando pra quê?

    ResponderExcluir
  2. É, to acompanhando o caos por aqui. Nunca vi nada parecido. Além de mal organizado é um desrespeito.

    ;*

    Musikaholic

    ResponderExcluir